Desestatização no setor de infraestrutura social

Desestatização no setor de infraestrutura social

A atenção para o setor de infraestrutura social vem crescendo muito nos últimos anos, numa tentativa de busca de diversos governos e investidores pela alocação de recursos em outros segmentos dentro do universo Infraestrutura. Percebe-se que o evento COVID-19 veio intensificar o interesse da iniciativa privada pelo tema INFRAESTRUTURA SOCIAL. Pode-se apontar alguns dos subsetores mais procurados para estudos como sendo os de saneamento, saúde, arenas e parques.

O setor de saúde, por exemplo, sofreu muitas perdas no ano de 2020.

Com o aumento da demanda por equipamentos de proteção individual (EPIs), reagentes para diagnóstico in vitro e equipamentos hospitalares, os segmentos de próteses, implantes, materiais e equipamentos de saúde, relacionados a procedimentos diversos, sofreram uma queda significativa no consumo.
Equipamentos demandados pelo combate ao coronavírus:  


Segmentos de próteses, implantes, materiais e equipamentos de saúde:


Esse cenário trouxe um crescimento no índice de importação em relação ao primeiro semestre de 2019, acompanhado de um recuo da produção doméstica:

Aliado ao exposto, 87 mil brasileiros deixaram de ter o benefício de seguros e/ou planos de saúde por conta do desemprego.
O gráfico abaixo aponta para um crescimento de aproximadamente 25% para  o número
de brasileiros que deixaram de ter seguro-saúde de 2019 para 2020, :

Sem dúvida o setor de saúde foi o que mais chamou a atenção nos últimos meses, recebendo investimentos do mundo inteiro para o combate da COVID-19.

O Setor de Saúde recebeu apoio, inclusive, de outro setor que sofreu grandes prejuízos com o impacto da pandemia: o de Arenas. Muitas arenas sofreram perdas financeiras por cederem seus espaços aos hospitais de campanha e também pela paralisação de eventos e jogos, no caso dos estádios.

Também o impedimento de visitas aos parques nacionais, a contar de Março de 2020, veio a prejudicar a economia de muitas cidades, que dependem do lucro gerado através do turismo. O fechamento de parques impactou no funcionamento de restaurantes e do setor hoteleiro dessas regiões, pois as reservas naturais eram o grande atrativo do público.

A reabertura gradual de alguns parques e arenas já está em andamento, porém os impactos da COVID-19 devem persistir, visto que mesmo diante de uma reabertura completa o direcionamento de recursos e investimentos devem perseguir outras prioridades, como os setores de saúde e energia.

No intuito de tentar minimizar esses impactos e fomentar o setor, o Ministro do Meio Ambiente preparou o lançamento do programa “Adote um Parque”, que prevê o leilão de 132 parques nacionais. As áreas que serão entregues à iniciativa privada equivalerão a aproximadamente 15% do território florestal brasileiro.

Dessa maneira, movimentos de desestatização que já se encontravam como um direcionamento estratégico antes da pandemia, só tendem a crescer, pois são a chave para a retomada da economia desses setores, inseridos em um contexto de Infraestrutura Social. Os benefícios dessas iniciativas vão além do fomento à economia. No setor de parques, por exemplo, esse incentivo ao investimento por parte da iniciativa privada trará desdobramentos positivos também para o meio ambiente com a preservação das florestas brasileiras.

Para entender mais sobre os desafios e oportunidades no SETOR DE INFRAESTRUTURA SOCIAL, entre em contato com nosso time de especialistas.

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