Choque de demanda por mudanças comportamentais promovem impactos relativamente previsíveis nas atividades das empresas , fruto de um monitoramento ao longo do tempo, permitindo que as empresas revisem cenários e premissas para um realinhamento de estratégias e plano de negócios. Porém, quando esse choque acontece decorrente de um estado de calamidade pública, seus desdobramentos passam a ser imprevisíveis, podendo inviabilizar uma empresa.
A pandemia COVID-19 trouxe mudanças significativas para o cenário da economia mundial. No Brasil os impactos imediatos já começam a ser percebidos, alterando e promovendo revisões nos cronogramas das concessões, como é o caso do setor de Energia que, estimava contratar 300 quilômetros de “linhões” e que, agora, com a queda do consumo, deixa tanto empresas geradoras como as distribuidoras sem parâmetro para a demanda futura. Este é apenas um exemplo, mas supostamente uma tendência para outros setores como Rodovias e Aeroportos.
Em momentos como esses as empresas precisam ter a oportunidade de renegociar contratos de forma consistente, pautados por uma avaliação econômico-financeira imparcial e independente. Esse movimento é conhecido no mercado por “Estudos de Reequilíbrio“.